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terça-feira, 17 de maio de 2011

Os ilusionistas




Ilusionismo (também chamado magia ou prestidigitação) é a arte cénica de entreter e sugestionar uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, como se o executante tivesse poderes sobrenaturais. No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por meios naturais. Os praticantes desta actividade designam-se mágicos ou ilusionistas.

Vamos direitos ao assunto. Vamos dissecar a realidade do que está a acontecer económica e geo-estrategicamente em finas camadas para podermos distinguir eventos que são focos de instabilidade e os outros que são estéreis, sem consequências.

A prisão do director-geral do FMI é uma dicotomia.

Encerra em si um potencial para distracção do verdadeiro problema, mas é um culminar dos conflitos latentes nas guerras monetárias em curso, pela centralização e criação da uma moeda única mundial Vs possíveis perdedores desta transição.

Não podemos ignorar que o impulso dado às SDR pelo FMI.

Seria certamente um tiro de mesiricórdia na cabeça do grande e velho elefante coxo que é o dólar, cujo declínio face a esta nova realidade seria inevitável. A China está particularmente irritada com utilização do dólar como moeda de reserva, mas assim estão também quase todas as economias emergentes. 

Porque será?


O que significa isto para a nossa economia “real”?..

Por um lado as guerras monetárias em curso mais a crise nas matérias-primas e metais preciosos (dinheiro real Vs fadas das abstracções monetárias) eventualmente vai aumentar a confusão nos mercados de capitais já de si no início de uma sangria à muito esperada.

Vejam como estão distribuidas as reservas de ouro a nível mundial...

Os E.U.A. estão em primeiro seguidos do... FMI... 

As consequências das convulsões mercado de capitais nunca são imediatas e afectam sempre a economia real.

Confusão vai ser certamente a palavra dominante e veremos como a história vai acabar. 

Neste momento a falta de matérias-primas deve-se a uma incapacidade de aumentar a produção devido a alguma falta de liquidez no sistema bancário (os bancos centrais têm elevado os ratios das reservas e as taxas de juro) porque são necessários cada vez mais recursos e processos tecnicamente mais custosos para extrair a mesma quantidade de minério ou recursos energéticos.

A situação foi agravada pelo sismo no Japão que provocou ondas de choque nas cadeias de distribuição. 

E o que tem isto a ver com o senhor do FMI?

Guerras entre organizações globalistas e estados que tentam manter o status quo = algo que escasseia e existe a procura competitiva entre esses vários agentes, aparentemente o controlo monetário se atenderem à história recente do FMI mas

... a valorização recente  do dólar, crise nas matérias-primas e metais raros e declínio das bolsas que aparentemente já pode ser considerado uma tendência indiciam sintomas de extrema volatilidade e da imprevisibilidade de um sistema cujas fórmulas habituais já não se aplicam, digo eu. 

E revela claramente, a meu ver, a guerra escondida pelo controlo dos recursos, porque o declínio das bolsas encerra uma oportunidade única para a aquisição a preços de saldo, de acções de empresas de comércio e produção de matérias-primas e talvez também a derradeira oportunidade de aquisição de metais preciosos, o dinheiro real, para os investidores pacientes que apreciam investimentos mais estáveis, e não vivem na esquizofrenia das transacções de alta frequência e das taxas de câmbio. O aumento pelas entidades que gerem as transacções das reservas necessárias para os investidores realizarem transacções foi o que despoletou este ciclo, o que é no mínimo suspeito uma vez que revela uma acção concertada e planeada.

Resumindo tem tudo a ver com os recursos, que é, e sempre foi a causa de quase todos os conflitos deste século XXI e do século XX.

O problema é que o declínio dos recursos não é algo visível, nem mesmo para os produtores muitas vezes.

Estranhamente ou não as notícias sobre as guerras monetárias e controlo dos recursos são coincidentes com o emergir de notícias em alguns meios de comunicação social mais proeminentes sobre a gravidade do problema dos recursos energéticos, matérias-primas, metais raros e preciosos.

Será que existe relação entre ambos? Humm… decidam por vocês próprios.

A realidade entende-se, neste preciso momento da história da humanidade, como uma sobreposição de planos estratificados em que os acontecimentos que são mais visíveis escondem uma história cujo puzzle tem de ser construído com base em peças (informações) aparentemente sem relação.

Temos de ligar os pontos para compreender. E compreender é preciso porque a informação é poder.

Existe uma relação estudada cientificamente entre os recursos e a procura.

Segundo o modelo de Lodka Volterra, o modelo que explica a nível da ecologia a relação predador-presa, a relação entre os preços e a procura está intimamente ligada pelo conceito do planalto rugoso, ou seja a relação predador-presa. Os preços do petróleo por exemplo sofrem uma descida acentuada quando a quantidade de recursos entra em declínio. De notar que o declínio dos recursos é constante apesar de intercalado com um aumento cíclico da quantidade disponível (novas técnicas de prospecção, descoberta de novas reservas, ect.)






O que está a acontecer na realidade é o mascarar, pela ilusão dada pelos bancos centrais do mundo inteiro ao inundarem o sistema de mercado com dinheiro barato, desta tendência.

Isso é um problema grave.

Ora vejamos.

Quando os bancos centrais criam dinheiro “do ar” (literalmente) esse dinheiro constitui-se como reservas dos bancos que podem multiplicar esse dinheiro através da reserva fraccionária.

Esse dinheiro é disponibilizado para os consumidores e empresas sobre a forma de empréstimos. No caso das empresas esse dinheiro é canalizado para investimentos.
A prospecção de petróleo é cada vez mais exigente em termos de investimento porque é cada vez mais complexo e caro extrair petróleo de boa qualidade.

O perigo n.º 1 é que o investimento está ligado com o financiamento, o declínio dos preços é artificialmente contrariado pela elevada liquidez que gera um crescimento na demanda e no investimento – portanto artificialmente cria-se demanda que pelas leis naturais deveria ter sido eliminada!

Isto acelera o efeito do pico do petróleo, porque GERA O EFEITO DE BOLA DE NEVE: mais demanda - recursos esgotam-se mais rapidamente mais investimento é necessário

Mas, retirando a infusão de liquidez virtual e subindo as taxas de juro de referência sobre o pretexto de combater a inflação - falso porque a inflação resulta sobretudo da subida de preços das matérias-primas e da especulação provocada pela injecção de dinheiro dos bancos centrais.

Resumindo: retira-se a liquidez para combater a inflação e os agentes retraem-se no investimento (deflação)! Sem investimento a produção de petróleo decai e o efeito do pico do petróleo acelera  recursos esgotam-se mais rapidamente!


O que estamos a assistir é o eterno perpetuar de uma mentira!

Se as técnicas de extracção de petróleo conseguirem extrair a maiores profundidades e de melhor qualidade isso significa que terá que ser usada mais energia e mais recursos, e eventualmente há um ponto em que a energia dispendida vai ultrapassar o retorno de energia que o recurso dará.


Na prática o declínio pode ser acentuado e abrupto e pode ocorrer um colapso muito mais rápido do que é do conhecimento da maioria das pessoas.

O que estamos a ver nos principais meios de comunicação social são simplesmente os sintomas! Não conseguimos ver, através do que nos é mostrado pelos media, o doente moribundo!

No entanto alguns vão furando este silêncio.


O colapso económico resulta do esgotar dos recursos energéticos.

O colapso económico não acontece por si porque, bem vistas as coisas se não precisássemos de energia para nada o crescimento seria infinito CERTAMENTE.

ISTO É O QUE ESTÁ A ACONTECER POR DETRÁS DA CORTINA

ISTO É O QUE OS ILUSIONISTAS TÊM NA OUTRA MÃO E QUE NINGUÉM ESTÁ A PRESTAR ATENÇÃO...

... MAS ELES SABEM


Voltando ao departamento das más notícias:

Fukushima está cada vez pior e assume contornos de controlo demográfico;

Para além dos desastres naturais e erros clamorosos na gestão dos recursos agrícolas a produção de alimentos está seriamente comprometida por… telemóveis

A disparidade de tratamento entre a dívida Grega e Americana.  


E para terminar uma análise muito assertiva (não se deixem enganar pelas aparências) com aroma de Western Spaggetti com cowboys e Bansksters…

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