Real News Reporter

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Terra - não muito firme



            Tendo em conta a ausência de de desenvolvimentos significativos no campo da economia nacional e mundial e nas lutas palacianas alienadas da política o que vamos explicar hoje diverge (aparentemente) do tema da economia.

      Isto porque os Mestres do Paradigma não tarda vão deitar as culpas da Hiperinflaçãoestagflação ou deflação ou recessão, nunca no sistema económico do crescimento infinito que era sobreposto contornar as leis da física mas sim no suposto imponderável das transformações naturais que estão a destruir colheitas, perturbar circuitos de distribuição ou em última análise a endividar grosseiramente os estados, como o sismo do Japão por exemplo.

 Antes que comecem a sacudir a água do capote com expressões do género A culpa da falta de alimentos é da seca extrema ou das tempestades fora do comum ou (mais criativo agora) não há dinheiro para comprar petróleo para os transportes públicos e para os camiões trazerem comida dos produtores para os hipermercados ou para comprar medicamentos, porque ninguém podia prever os acontecimentos que iam paralisar toda a cadeia de produção e distribuição, permitam-me alguns esclarecimentos acerca das transformações que estão a acontecer no nosso planeta.

Essas transformações estão numa rota de interferência crescente com o nosso modo de vida e, embora sejam neste momento um foco de preocupação não serão nunca a causa do colapso de qualquer modelo económico.

E, antes que os defensores (também fanáticos e irracionais por vezes como veremos mais à frente) do fim do mundo em 2012 comecem a ficar com o ego inchado e a falar-nos com o tom paternalista em expressões do género eu bem te disse gostaria de clarificar (e desmistificar) alguns aspectos das transformações que estão a acontecer no planeta:

SECA, CHEIAS, AQUECIMENTO GLOBAL, TORNADOS, CICLONES, TERRAMOTOS E ERUPÇÕES VULCÂNICAS, REVERSÕES NO CAMPO MAGNÉTICO, TEMPESTADES SOLARES E AFINS NÃO VÃO CAUSAR FOME E MISÉRIA E CAOS NA SOCIEDADE SÓ POR SI.

O PARADIGMA ECONÓMICO EM QUE VIVEMOS É QUE É TOTALMENTE DISFUNCIONAL EM RELAÇÃO AOS CICLOS E LEIS NATURAIS QUE SEMPRE EXISTIRAM E SEMPRE EXISTIRÃO.

Então foi criada toda uma ilusão remanescente da revolução industrial em que a Humanidade supostamente atingira um estado de evolução em a tecnologia e o conhecimento adquiridos permitiriam não só superar quaisquer adversidades colocada pelos ciclos naturais como (e aqui vem a parte cómico trágica desta história) como domesticar a Natureza, quais super seres imunes às Leis da Física!

Isto é o que se está a virar contra nós como uma matilha de cães vadios…

Vamos então esclarecer e por consequência desmistificar algumas ideias incorrectamente disseminadas:
  1. O aquecimento global é 100% antropogénico. Falso. A maior parte da comunidade científica credível é consensual sobre os efeitos do Sol e dos ciclos solares no clima (influência essa venerada por civilizações mais antigas).
  2. Todo o aquecimento global provém das emissões de CO2. Falso também
  3. A comunidade científica sempre falou em uníssono em relação às causas das alterações climáticas. Falso. Existem cientistas ligados a lobbys e os comprometidos com o trabalho puramente científico.
Pode-se afirmar até que a maior parte dos Lobbys ambientais foram mais uma fonte de corrupção e de manipulação de informações visando o lucro do comércio de créditos de carbono ou de grandes corporações ligadas a projectos ambientais, e até do próprio estado que descobriu mais uma fonte de receita através dos impostos. No caso particular da Alemanha até tem sido um impulso para a ascensão de um movimento político em particular.

E relativamente às profecias do fim do mundo existe alguma prova científica que justifique alarmismos?


Resumindo os factos são:

- Relativamente às profecias dos Maias e 2012… não existem profecias Maias relativamente a 2012, existe uma inscrição no monumento 6 no sítio de Turtuguero, no estado Mexicano de Tabasco, em tamanho muito reduzido, com conteúdo vago e discutível. Existem referências relativamente à longa contagem dos Maias como o fim de uma era e o início de outra tão só, mas essas referências foram transmitidas pela tradição oral através de Anciãos nas zonas onde estão localizadas as descendências das tribos Maias originais. Quanto à Longa Contagem acabar em 2012 também existem muitas divergências.

- A importância da longa contagem na Cultura Maia é quase tão irrelevante que é de admirar no mínimo o enfoque que teve por parte dos profetas do apocalipse.
O calendário de facto mais valorizado pela cultura Maia é o do Renascimento de Vénus, cuja contagem é de 1,366,560 dias, nunca a Longa Contagem (translação dos equinócios) tem algum destaque especial nos escritos e monumentos Maias)- e de notar que a mitologia cristã, Egípcia, dos Viracochas na região da Bolívia por exemplo estão intimamente ligadas ao ciclo de Vénus;

- Relativamente aos túneis nas catacumbas descobertas na Grande Pirâmide no Egipto, não acabam em 2012, e continuam até ao séc. 83;

- o alinhamento galáctico do Sol com o centro da galáxia, descrita pelos Maias como translação dos equinócios, ciclo de aproximadamente 26.000 anos (ao qual se refere a Longa Contagem) e referida também nos calendários de outras culturas como os Cherokee ou os Egípcios, ocorreu precisamente em 1998 (o mundo não acabou!) sendo que em 2012 o Sol estará bastante longe do centro dessa nuvem a que os cientistas chamam Grande Fenda. Os Egípcios e os Cherokee entendiam também que o alinhamento pelo plano equatorial da Galáxia se fazia relativamente a uma zona diferente (entre Plêiades e Orion);

- Quanto às restantes teorias disseminadas por auto-proclamados visionários ou “investigadores” usam argumentos que não estão sustentados cientificamente, como explica este artigo com muita clareza;

- Outra teoria que tem vindo a lume é a teoria do planeta X, baseada em alguns escritos dos antigos Sumérios falam na sua existência e possíveis consequências devastadoras da sua aproximação à terra. Não existem provas científicas que sustentem esta teoria (apesar de várias tentativas).

Concerteza muitos livros já foram vendidos e continuarão a ser mesmo depois de 2012, porque se não for em 2012 hão-de inventar outro apocalipse lá mais para a frente.

Parece-me que andaram a estudar marketing antes de descobrirem as teorias do apocalipse. Hum…

Isto quererá então dizer que não existe alguma ameaça global, algum evento de nível de extinção eminente?

Resposta: sempre houve. O principal é a Ignorância.

Ignorância e desrespeito pelas leis Naturais são um evento de nível de extinção.

Para começar vamos falar sobre o que realmente interessa sobre o legado Maia e culturas que veneravam o sol. Os ciclos solares.

Os Maias previram com exactidão todos ciclos solares, cujo principal é o ciclo de aproximadamente 11.1 anos. Mais: previram com exactidão o intervalo de reversão do campo magnético do Sol.

Sabiam através do estudo dos ciclos solares o que a ciência só agora começa a admitir:

- Os ciclos solares influenciam a fertilidade;
- Os ciclos solares influenciam todas as dimensões da existência humana como a economia, conflitos, psique colectiva e individual;
- os ciclos solares estão relacionados, embora a relação causa-efeito não seja clara, com a geologia da terra.
- Os ciclos solares têm uma influência decisiva no clima da terra a par dos factores antropogénicos; por isso condicionando a produção de alimentos pelas colheitas e pela reprodução animal;

Isto é um problema. Construímos uma sociedade fundada na tecnologia, cuja exposição a fenómenos solares é uma das principais fragilidades. Um evento deste tipo poderia eliminar todas as comunicações, todos os circuitos eléctricos do planeta seriam varridos por um tsunami de protões. O exemplo de Carrington demonstra perfeitamente que é possível acontecer e mais recentemente aconteceu no Quebec em 1989, após uma erupção solar violenta. Têm havido mais erupções solares violentas mas, não têm sido dirigidas para o nosso planeta. A NASA certamente não tem enviado tantas sondas para observar o Sol por desporto certamente…

Isto porque o recente mínimo solar teve um período excessivamente longo de ausência de manchas solares o que coincide precisamente com o sucedido em 1859, no primeiro ciclo solar de que há registo… portanto a probabilidade de um evento de tipo Carrington até 2016 é muito elevada.

É claro que nessa altura só havia telégrafos, não havia redes sociais nem telemóveis…

Para além disso nunca devemos esquecer que o Sol gera um campo magnético, assim como a terra, sendo ambos ligados por um portal magnético. Toda a matéria, incluindo o nosso corpo, resulta da organização de partículas atómicas e sub-atómicas, de acordo com as Leis do Electro-magnetismo. Somos por isso transformados por variações no campo magnético.

Não é de admirar que a ciência tenha descoberto recentemente que a Astrologia afinal não era assim tão mística…

Problema n.º 2. A sociedade Ocidental foi erguida sobre premissas anti-naturais e disfuncionais. Nenhuma cultura que venerava o Sol tinha calendários de 365 ou 364 dias com meses de 30, 31, 29 ou 28 dias, e dias de 24h. O calendário Gregoriano, que deriva do Juliano, foi arbitrariamente fixado com referência na data de nascimento de Cristo, sabendo-se agora que o cálculo dessa data foi feito com base em pressupostos errados.

A motivação foi essencialmente económica, visto que as transacções e todo o comércio para funcionar necessita de referencias temporais com métricas precisas, mesmo que essas métricas sejam profundamente desadaptadas da realidade dos ciclos naturais. O mês lunar tem 28 dias e não 30, 31 ou 29…

Esta desfuncionalidade do relógio artificial em que vivemos é mais uma fonte de violência estrutural sobre a psique individual que estará certamente na génese de muitas patologias do foro psiquiátrico, sendo que a Psicologia provavelmente tem andado os últimos 100 anos a correr atrás do prejuízo.

Mas lá está, se fosse tudo harmonioso provavelmente não havia necessidade de haver tantos psicólogos, polícias e militares, e a engrenagem dos problemas que geram receitas e alimentam interesses de grupos específicos encontraria certamente resistência, e iriam inventar o que fosse preciso para argumentarem que nunca poderíamos viver em tal sistema…

Resumindo… por quanto mais tempo ainda vamos viver na ilusão que isto funciona?..

Como sempre o paradigma do crescimento infinito colide com a realidade

And now for something completly different…

única possível ameaça externa sustentada cientificamente que consegui identificar nesta pesquisa, por entre a torrente de desinformação que circula na Internet nos dias de hoje (tópico para um futuro post certamente), localizada fora do nosso planeta foi o


O que tem este cometa de diferente dos restantes? Aparentemente nada de diferente:

1.º Vai passar muito próximo de nós em Outubro deste ano, aproximadamente a uma distância de 0.5 A.U.’s da Terra (muito próximo mas não está em rota de colisão directa)

2.º Como qualquer cometa passando perto da Terra deveria proporcionar um excelente espectáculo visual

Este estudo pretende correlacionar o alinhamento da Terra com outros corpos celestes no nosso sistema solar com a actividade sísmica na Terra. A Terra possui um campo magnético e esse campo forma um portal magnético com o Sol. A atracção gravitacional dos corpos celestes provoca como a Lua por ex provoca alterações na Terra, a nível das marés por exemplo, mas também na fertilidade entre outros. No entanto este estudo propõe uma possível relação com outros planetas e o Sol da actividade sísmica na Terra (o que faz sentido visto a pressão a que é sujeito o núcleo da Terra e o Manto serem sujeitos a forças gravitacionais por estes alinhamentos). Em todos os maiores sismos desde 2007 houve alinhamentos.

2 Factos absolutamente desconcertantes acerca do Elenin… preparados?

  1. Os maiores sismos deste ano e do ano passado resultaram de alinhamentos em que o cometa Elenin esteve envolvido.


Para quem não sabe os corpos celestes não alteram a rota, 2 vezes! Se tivesse havido colisão com outro corpo celeste tinha de ter havido uma correcção em toda a trajectória, e a passagem mais próxima da Terra manteve-se com a distância inalterada!
Só objectos guiados alteram a trajectória.

Mas o mais perturbador desta descoberta é a possibilidade do Cometa Elenin não ser um cometa.
Cometas não têm massa suficiente para provocar este tipo de “anomalia”.
Só 3 objectos celestes têm campo gravitacional passível de causar tal impacto: Planetas, buracos negros ou uma Anã Castanha.

A questão é: um objecto que está ainda para lá de Júpiter provoca sismos de 9.0 e 8.0 na Terra quando estiver alinhado próximo da Terra a 0.7 e 0.5 A.U.’s vai provocar o quê?

Very spooky stuff…

Voltando à Terra e a quem continua a achar que a lei da gravidade é só para alguns:

- em Fukushima definitivamente algo está a ser ocultado, pois a situação piora de dia para dia e ainda têm a lata de darem a conhecer como novidade o que toda a gente sabia, que a fusão ocorreu nos 3 reactores aconteceu algumas horas depois do tsunami e que a água altamente radioactiva está continuamente a infiltrar-se no solo e para o oceano…

- Os ricos vão ficar incrivelmente mais ricos e os pobres...

- O departamento dos contos de fadas monetários relata que a Grécia está à beira do incumprimento. Isto é o que vai acontecer depois.

- é importante mencionar o crescente movimento de contestação na Espanha cujas consequências estão a produzir todo um efeito dominó no resto da Europa.

Este movimento surge espontaneamente aparentemente sem ligações delineadas com as estruturas dos partidos.

Desemprego em recordes históricos + juventude encurralada + subida dos preços dos bens essenciais e energia

=

EGIPTO...

Para quem ainda desconhece a sequência será qualquer coisa do género



Mais coisa menos coisa

Pensam que eles vão desistir sem dar luta? Pelo menos os acontecimentos desta semana devem estar a causar uns suores frios.

A mim parece-me que anda toda a gente à bulha pela última fatia da tarte mas ainda ninguém reparou que a tarte está a encolher cada vez mais…. Quem sabe daqui a uns meses talvez só haja migalhas…

Brevemente a 3D perto de si.

Mas se sentirem deprimidos e a vida não correr bem, não tendo dinheiro para recorrer ao Psico-terapeuta que gostariam de ter, atentem a este estudo da Universidade de Cornell que demonstra que nem sempre a solução de um qualquer problema estará no passado.

Às vezes está mesmo no futuro



terça-feira, 17 de maio de 2011

Os ilusionistas




Ilusionismo (também chamado magia ou prestidigitação) é a arte cénica de entreter e sugestionar uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, como se o executante tivesse poderes sobrenaturais. No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por meios naturais. Os praticantes desta actividade designam-se mágicos ou ilusionistas.

Vamos direitos ao assunto. Vamos dissecar a realidade do que está a acontecer económica e geo-estrategicamente em finas camadas para podermos distinguir eventos que são focos de instabilidade e os outros que são estéreis, sem consequências.

A prisão do director-geral do FMI é uma dicotomia.

Encerra em si um potencial para distracção do verdadeiro problema, mas é um culminar dos conflitos latentes nas guerras monetárias em curso, pela centralização e criação da uma moeda única mundial Vs possíveis perdedores desta transição.

Não podemos ignorar que o impulso dado às SDR pelo FMI.

Seria certamente um tiro de mesiricórdia na cabeça do grande e velho elefante coxo que é o dólar, cujo declínio face a esta nova realidade seria inevitável. A China está particularmente irritada com utilização do dólar como moeda de reserva, mas assim estão também quase todas as economias emergentes. 

Porque será?


O que significa isto para a nossa economia “real”?..

Por um lado as guerras monetárias em curso mais a crise nas matérias-primas e metais preciosos (dinheiro real Vs fadas das abstracções monetárias) eventualmente vai aumentar a confusão nos mercados de capitais já de si no início de uma sangria à muito esperada.

Vejam como estão distribuidas as reservas de ouro a nível mundial...

Os E.U.A. estão em primeiro seguidos do... FMI... 

As consequências das convulsões mercado de capitais nunca são imediatas e afectam sempre a economia real.

Confusão vai ser certamente a palavra dominante e veremos como a história vai acabar. 

Neste momento a falta de matérias-primas deve-se a uma incapacidade de aumentar a produção devido a alguma falta de liquidez no sistema bancário (os bancos centrais têm elevado os ratios das reservas e as taxas de juro) porque são necessários cada vez mais recursos e processos tecnicamente mais custosos para extrair a mesma quantidade de minério ou recursos energéticos.

A situação foi agravada pelo sismo no Japão que provocou ondas de choque nas cadeias de distribuição. 

E o que tem isto a ver com o senhor do FMI?

Guerras entre organizações globalistas e estados que tentam manter o status quo = algo que escasseia e existe a procura competitiva entre esses vários agentes, aparentemente o controlo monetário se atenderem à história recente do FMI mas

... a valorização recente  do dólar, crise nas matérias-primas e metais raros e declínio das bolsas que aparentemente já pode ser considerado uma tendência indiciam sintomas de extrema volatilidade e da imprevisibilidade de um sistema cujas fórmulas habituais já não se aplicam, digo eu. 

E revela claramente, a meu ver, a guerra escondida pelo controlo dos recursos, porque o declínio das bolsas encerra uma oportunidade única para a aquisição a preços de saldo, de acções de empresas de comércio e produção de matérias-primas e talvez também a derradeira oportunidade de aquisição de metais preciosos, o dinheiro real, para os investidores pacientes que apreciam investimentos mais estáveis, e não vivem na esquizofrenia das transacções de alta frequência e das taxas de câmbio. O aumento pelas entidades que gerem as transacções das reservas necessárias para os investidores realizarem transacções foi o que despoletou este ciclo, o que é no mínimo suspeito uma vez que revela uma acção concertada e planeada.

Resumindo tem tudo a ver com os recursos, que é, e sempre foi a causa de quase todos os conflitos deste século XXI e do século XX.

O problema é que o declínio dos recursos não é algo visível, nem mesmo para os produtores muitas vezes.

Estranhamente ou não as notícias sobre as guerras monetárias e controlo dos recursos são coincidentes com o emergir de notícias em alguns meios de comunicação social mais proeminentes sobre a gravidade do problema dos recursos energéticos, matérias-primas, metais raros e preciosos.

Será que existe relação entre ambos? Humm… decidam por vocês próprios.

A realidade entende-se, neste preciso momento da história da humanidade, como uma sobreposição de planos estratificados em que os acontecimentos que são mais visíveis escondem uma história cujo puzzle tem de ser construído com base em peças (informações) aparentemente sem relação.

Temos de ligar os pontos para compreender. E compreender é preciso porque a informação é poder.

Existe uma relação estudada cientificamente entre os recursos e a procura.

Segundo o modelo de Lodka Volterra, o modelo que explica a nível da ecologia a relação predador-presa, a relação entre os preços e a procura está intimamente ligada pelo conceito do planalto rugoso, ou seja a relação predador-presa. Os preços do petróleo por exemplo sofrem uma descida acentuada quando a quantidade de recursos entra em declínio. De notar que o declínio dos recursos é constante apesar de intercalado com um aumento cíclico da quantidade disponível (novas técnicas de prospecção, descoberta de novas reservas, ect.)






O que está a acontecer na realidade é o mascarar, pela ilusão dada pelos bancos centrais do mundo inteiro ao inundarem o sistema de mercado com dinheiro barato, desta tendência.

Isso é um problema grave.

Ora vejamos.

Quando os bancos centrais criam dinheiro “do ar” (literalmente) esse dinheiro constitui-se como reservas dos bancos que podem multiplicar esse dinheiro através da reserva fraccionária.

Esse dinheiro é disponibilizado para os consumidores e empresas sobre a forma de empréstimos. No caso das empresas esse dinheiro é canalizado para investimentos.
A prospecção de petróleo é cada vez mais exigente em termos de investimento porque é cada vez mais complexo e caro extrair petróleo de boa qualidade.

O perigo n.º 1 é que o investimento está ligado com o financiamento, o declínio dos preços é artificialmente contrariado pela elevada liquidez que gera um crescimento na demanda e no investimento – portanto artificialmente cria-se demanda que pelas leis naturais deveria ter sido eliminada!

Isto acelera o efeito do pico do petróleo, porque GERA O EFEITO DE BOLA DE NEVE: mais demanda - recursos esgotam-se mais rapidamente mais investimento é necessário

Mas, retirando a infusão de liquidez virtual e subindo as taxas de juro de referência sobre o pretexto de combater a inflação - falso porque a inflação resulta sobretudo da subida de preços das matérias-primas e da especulação provocada pela injecção de dinheiro dos bancos centrais.

Resumindo: retira-se a liquidez para combater a inflação e os agentes retraem-se no investimento (deflação)! Sem investimento a produção de petróleo decai e o efeito do pico do petróleo acelera  recursos esgotam-se mais rapidamente!


O que estamos a assistir é o eterno perpetuar de uma mentira!

Se as técnicas de extracção de petróleo conseguirem extrair a maiores profundidades e de melhor qualidade isso significa que terá que ser usada mais energia e mais recursos, e eventualmente há um ponto em que a energia dispendida vai ultrapassar o retorno de energia que o recurso dará.


Na prática o declínio pode ser acentuado e abrupto e pode ocorrer um colapso muito mais rápido do que é do conhecimento da maioria das pessoas.

O que estamos a ver nos principais meios de comunicação social são simplesmente os sintomas! Não conseguimos ver, através do que nos é mostrado pelos media, o doente moribundo!

No entanto alguns vão furando este silêncio.


O colapso económico resulta do esgotar dos recursos energéticos.

O colapso económico não acontece por si porque, bem vistas as coisas se não precisássemos de energia para nada o crescimento seria infinito CERTAMENTE.

ISTO É O QUE ESTÁ A ACONTECER POR DETRÁS DA CORTINA

ISTO É O QUE OS ILUSIONISTAS TÊM NA OUTRA MÃO E QUE NINGUÉM ESTÁ A PRESTAR ATENÇÃO...

... MAS ELES SABEM


Voltando ao departamento das más notícias:

Fukushima está cada vez pior e assume contornos de controlo demográfico;

Para além dos desastres naturais e erros clamorosos na gestão dos recursos agrícolas a produção de alimentos está seriamente comprometida por… telemóveis

A disparidade de tratamento entre a dívida Grega e Americana.  


E para terminar uma análise muito assertiva (não se deixem enganar pelas aparências) com aroma de Western Spaggetti com cowboys e Bansksters…

sábado, 14 de maio de 2011

Cisnes Negros, Riscos Extremos, Decisões ou o Quebra-cabeças


A story has been thought out to its conclusion when it has taken its worst possible turn. The worst possible turn is not foreseeable. It occurs by accident. 


Embora à partida pareça um exercício totalmente inútil prever acontecimentos futuros a partir dos acontecimentos actuais isto pode tornar-se num excelente exercício de análise.  

Se ainda não temos o problema porquê preocupar-nos ou, na vertente budista se temos um problema e a solução não vale a pena preocupar-mo-nos porque o problema já está resolvido. Se por outro lado temos um problema e não temos a solução então não valerá a pena preocupar-mo-nos porque a solução aparecerá eventualmente

Mas, como mero exercício de ginástica mental consideremos um evento do tipo Cisne Preto Neutral e sem carga emocional associada (só no campo teórico porque na prática teria sempre).

O Cisne Preto

Este termo era uma expressão latina, cuja referência mais antiga é atribuída ao poeta Juvenal, uma caracterização de algo sendo rara avis in terris nigroque simillima cygno (trad. uma ave rara nas terras, muito parecido com um cisne negro). Quando a frase se tornou do senso comum, presumia-se que o cisne negro não existia. A importância da frase está na analogia com a fragilidade de qualquer sistema de pensamento. Um conjunto de conclusões é posto em causa assim que um dos seus postulados fundamentais é comprometido. Neste caso a observação de um só cisne negro provocaria o desmoronar de toda a lógica subjacente, bem como de toda a argumentação que daí germinasse.

A expressão era comum na Londres do século 16, como uma afirmação de impossibilidade. A expressão londrina deriva da presunção antiga de que todos os cisnes eram brancos porque todos os registos históricos relatavam que tinham penas brancas. Nesse contexto o cisne negro era impossível ou pelo menos não existente. Após uma expedição liderada pelo explorador holandês Willem de Vlamingh no rio Swan em 1697 foram descobertos cisnes negros na Austrália Ocidental.

A Teoria do Cisne Preto foi concebida por Nassim Nicholas Taleb   para explicar um acontecimento de impacto desproporcionado ou um evento raro aparentemente inverosímil, para lá das expectativas normais históricas, científicas, financeiras ou tecnológicas.  
Esse tipo de acontecimento possui três características principais: é imprevisível, causa um impacto enorme e, depois de ter ocorrido, surgem frequentemente diversas explicações que o tentam afirmar como menos aleatório e mais previsível do que na realidade acontece. Segundo o autor, não temos consciência prévia destes fenómenos, dado que os seres humanos estão programados para aprender coisas especificas e não para pensar em generalidades. Assim, não conseguimos avaliar claramente as oportunidades, nem somos suficientemente abertos para fazermos fé naqueles que conseguem imaginar o impossível.
Taleb vê a maioria das descobertas científicas, eventos históricos e realizações artísticas como cisnes negros - não direccionados e imprevisíveis. Como exemplos cita a I Guerra Mundial, os ataques de 11 de Setembro como exemplos de eventos deste tipo.

Curiosamente, esse livro apresenta uma análise sobre o perigo da concentração excessiva no sistema bancário.

Agora consideremos a natureza imprevisível desse evento, que colocaria em causa todos os princípios, paradigmas e quiçá algumas leis da física, que iria abalar todos os modelos e estruturas de aquisição de conhecimentos que certamente já não poderiam satisfazer as exigências de um evento sem paralelo.

A própria natureza deste exercício testa a adaptabilidade a situações radicalmente novas.

Como exemplo temos o clássico da Cultura Excession.

Nesta obra de Iain M. Banks uma civilização avançada, numa sociedade onde a Inteligência Artificial convive harmoniosamente com humanos numa sociedade pós-escassez.

Saltando matreiramente por cima da maior parte do enredo da história que a maior parte dos interessados poderão conhecer comprando o livro, o evento central da história prende-se com um evento fora do contexto.

Um evento fora do contexto é um acontecimento que a maioria das civilizações se depara apenas uma vez na sua história.

Normalmente é uma situação sem paralelo que nunca é considerada até que ocorre, por falta de conhecimento ou capacidade da sociedade de reconhecer que o evento pode ocorrer, ou assumir que probabilidade de ocorrência é muito baixa.

Abala as estruturas e a capacidade de resposta da sociedade pois ela própria não tem capacidade, nos moldes convencionais e linhas de pensamento (ou falta dele) com que fomos educados, para se transformar e adaptar às circunstâncias.

Nesse caso, na ausência de evolução a civilização pura e simplesmente encontra o seu declínio.

Como exemplo temos os casos das civilizações da actual América latina que quando se depararam com a chegada dos colonos europeus encontraram o seu fim (devido a doenças e aculturação sobretudo).

E que quero eu dizer com todas estas citações?

Que não podemos prever o futuro? Pois não o que é uma chatice.

Mas podemos interpretar alguns sintomas das transformações e eventos que estão a ocorrer no mundo e nosso país em particular. Há uma clara sucessão de decisões no campo político e económico que não estão a produzir resultados que sejam optimizados, que satisfaçam as aspirações dos “jogadores” quer estas sejam competitivas ou não competitivas.

A nível económico podemos identificar:

- Sucessivas medidas dos bancos centrais e governos para tentar tapar o buraco dos derivativos na “Bolha de 2008” (ignorando a natureza competitiva e sem escrúpulos do sector financeiro que manipula em prol dos seus interesses a política nacional e internacional);

- Uma sucessão de decisões desastrosas a nível da agricultura (alimentos geneticamente modificados cujas plantas produzem sementes estéreis e eliminação de agentes polinizadores pelos químicos usados) e gestão do solo agressiva agravados pelos sucessivos desastres naturais, que estão a comprometer seriamente a capacidade de produção de alimentos;

- O ignorar de uma escassez galopante dos recursos naturais que colide com o paradigma do infinito do sistema monetário e de mercado;

Entre outras certamente.

A desintegração social é por demais óbvia quer a nível do “macro” quer do “micro”.

Assusta pelo carácter repentino da sublevação no mundo no mundo árabe por exemplo.

É meramente uma consequência da luta de uma geração que procura o seu lugar no mundo que lhe foi tiradapela política externa do império britânico nos anos 30.

Agora essa geração procura justiça num clima de encruzilhada e de constante colisão social e crescente complexidade entre os interesses dos grupos religiosos, político-religiosas e aspirações de uma população livre da repressão para poder participar nas 6.ª feiras de raiva.

Esse exemplo de colisão entre os interesses dos viciados em poder e as aspirações naturais do resto da população certamente em breve será exportado para o resto do mundo.

Porquê?

Não esquecer que o ponto de viragem foi a degradação rápida da qualidade de vida agravada pela subida insustentável do preço dos alimentos e das matérias-primas. Junta-se à receita uma geração de jovens defraudados por falsas promessas e mentiras... enfim em breve perto de si e a 3D...

Todas as decisões políticas (ou a falta delas) e debates tão comentados ultimamente no capítulo social e económico têm-se revelado:

1- Inconsequentes porque não atacam a raiz do problema;
2 – Redundantes, ex.: Sucessivos planos de austeridade para combater um falso problema quando o cerne da questão é o próprio paradigma económico insustentável;
3- Perigosos devido ao fanatismo de quem as propõe e é incapaz de as pôr em causa, podendo no curso dessa alienação e da desinformação contaminada para o público em geral conduzir ao declínio e impreparação da sociedade para circunstâncias radicalmente novas.


Muita parra e pouca uva e a Teoria das Decisões


A teoria da decisão é uma área interdisciplinar de estudo, com definições que relacionam filosofia, matemática e estatística, aplicável a quase todos os ramos da ciência, engenharia e principalmente a psicologia do consumidor (baseados em perspectivas cognitivo-conductuais). Relaciona-se à forma e ao estudo do comportamento e fenómenos psíquicos daqueles que tomam as decisões (reais ou fictícios), a identificação de valores, incertezas e outras questões relevantes em uma dada decisão, sua racionalidade, as condições pelas quais após um processo será levado a ter como resultado a decisão óptima. É um campo relacionado muito intimamente com a teoria dos jogos.


Segundo o paradoxo da escolha mais escolhas podem levar a decisões de pior qualidade ou a uma incapacidade de tomar decisões inclusive. É também teorizado que pode ser causado pela paralisia na análise, real ou percepcionada, ou talvez devido a ignorância racional.

O termo “paralisia da análise” refere-se a “sobre-analizar” ou sobre-pensar” uma situação (crise económica por ex.) para que uma decisão ou acção nunca seja tomada, paralisando o desfecho. Uma decisão pode ser tratada como extremamente complicada, com muitas opções detalhadas, para que uma escolha nunca seja feita, em vez de tentar algo e mudar se um problema de maiores proporções surgir.

Soa a familiar?

Com tantos debates, comentadores e opiniões de “especialistas” e a opiniões formuladas de facto estamos a caminhar para a paralisia.

Risco

O risco é alvo dos mais variados estudos com aplicações na economia, psicologia e geo-estratégia. Tema muito popularizado pelo filme Uma mente brilhante.


A nível económico a descoordenação é clara, exemplificadas pelas guerras monetárias que estão a suceder neste momento degradando sucessivamente o poder de compra e alimentando a especulação e inflação, havendo orisco sério de hiper- inflação logo que esse dinheiro chegue às ruas.  

Os desequilíbrios gerados geraram assimetrias irreparáveis no já de si falacioso sistema económico e de mercado, esticando mais a corda em relação à economia “real”.

A política internacional está um caos e é cada vez mais cada um por si e pelos seus interesses movidos pela ignorância como demonstrou a recente intervenção na Líbia, mais uma guerra motivada pelos recursos energéticos, completamente descoordenada e sem coerência para além disso.

A política nacional… bom palavras para quê?

Com tudo isto podemos afirmar que as circunstâncias

Recursos a decair com procura competitiva + produtos e derivativos financeiros em níveis de saturação (sobrevalorizão) históricos + desintegração (desorientação!) da ordem geo-estratégica mundial + anormalidades / catástrofes naturais com cada vez maior intensidade e frequência (e incompetência e negligência que soa a deliberada como em Fukoshima)

=

Risco em máximos históricos


Talvez por isso a análise fractal da economia (que não tem uma taxa de sucesso de 100% mas tem previsto alguns ciclos e pontos de viragem) esteja a prever um Cisne Negro após o ponto de saturação atingido a 25 de Abril (a data será só mera coincidência?)

Para quem partilha da sensação de que estamos no limiar / fim / transição para uma nova era as provas amontoam-se.

Citando Pessoa: não há coincidências apenas encontros.


Apertem os cintos. Vamos descolar para rumo ao desconhecido...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Actualização de primeiros sintomas

Ainda não podemos afirmar que este é o momento WTSHF (when the shit hits the fan) dos mercados financeiros e do sistema monetário mas começa a assemelhar-se a um topo.



Teremos de esperar mais um pouco para ver.

No entanto alguns artigos podem ajudar-nos a perceber o actual crash nas matérias-primas e metais preciosos  e o combate que está a acontecer entre o dinheiro real e abstracções monetárias (ouro e prata Vs  fadas monetárias). Este mini-crash das bolsas durante a última semana pode ser somente resultado da procura de liquidez dos investidores.

Vamos ver.

Se bem entendi as políticas monetárias dos bancos centrais por esse mundo fora incentivaram a um aumento do consumo de recursos.

Mas o esgotamento dos recursos não renováveis e subida alucinante dos preços tinha sido o rastilho do crash de '08... hum

Entretanto o Banco Central Europeu continua a alucinar com a bomba-relógio grega.

Será que as comadres zangaram-se?