Real News Reporter

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Comprando tempo


Os misteriosos eles estão a agarrar-se ao que ainda têm. Tentam defender o único sistema que podem dominar, procurando mais e mais daquilo que realmente querem – poder.

Enquanto as moedas são sistematicamente desvalorizadas, principalmente o dólar americano, eles já estão a preparar o terreno para a aterragem de emergência e vestindo os fatos de paramédicos.

O que estão a tentar fazer neste momento é sistematicamente ganhar tempo.

Ora vejamos. Temos líderes mundiais a fazerem visitas de estado a contra-relógio pelo mundo inteiro como nunca se viu.

Temos a crise das matérias-primas e metais preciosos que forçou inúmeros investidores a retraírem-se. Resultou provavelmente de uma ação concertada de bancos e fundos de investimento que aumentaram dramaticamente as margens das transacções, penalizando os pequenos investidores e baixando os preços, sendo que os fundos de investimento e outros grandes investidores como alguns estados que compulsivamente estão a comprar ouro, prata e investem no sector das matérias-primas e energia, saíram largamente beneficiados com a baixa de preços. Mas foi temporário porque os preços já estão a disparar novamente.


As bolsas estão em queda acentuada, naquilo que alguns crédulos acreditam ser somente uma "correcção".

Isto evidencia claramente que o que têm em mente é o regresso ao padrão do Ouro. Nada mais pode justificar a corrida atual aos metais preciosos e ás matérias-primas.

Eles já sabem como esta história vai acabar. Com os indicadores cada vez mais negativos sobre as economias torna-se cada mais difícil manipular as estatísticas ao olhar dos observadores mais atentos mas as notícias de uma comunicação social sem vontade de “estudar” a verdadeira origem dos problemas, imergindo somente os sintomas, nunca a verdadeira doença, numa disfunção com a realidade do dia-a-dia só contribui para confundir a opinião pública.

Esta estratégia de desinformação parece ser coerente com o plano que agora começa a emergir.

O objetivo parece ser estabelecer uma nova ordem mundial baseada baseada no padrão do Ouro, abandonando o sistema monetário atual, essencialmente baseado na Moeda fiduciária, derivativos financeiros e abstrações monetárias, perpetuação imaginária da dívida, do consumo e crescimento infinito contra a realidade dos recursos finitos.

O que aparenta estar a acontecer é uma omnisciência sobre o desenrolar do contínuo colapso da economia actual, um divergir (mais ainda) entre a economia real e o mundo das abstrações financeiras, mas tentando mantendo uma imagem de que a estrutura está organizada e que está tudo sob controle, com os cumprimentos dos meios de comunicação social. Isto permite-lhes subtilmente adquirir mais ouro físico e preparar a transição para o novo sistema. Deixam a crise desenrolar-se até os escravos bem comportados da dívida implorarem para que voltem ao padrão do ouro para acabarem com toda a dívida dos bancos, tornando inúteis todas as moedas fiduciárias e produtos financeiros que em primeiro lugar lhes permitiu encherem-se de ouro.

Transferem o poder de um sistema para outro simplesmente!

Eles estão em guerra com os pequenos investidores que estão a tentar adquirir prata e ouro e a distanciar-se das abstracções monetárias! Por enquanto interessa-lhes que os investidores (a maior parte) não invistam demasiado em matérias-primas, energia e metais preciosos, e se mantenham entretidos com os derivativos e produtos financeiros que não têm absolutamente sustentabilidade nenhuma. O colapso das abstracções financeiras já começou e não tardam tornar-se-ão totalmente indigestíveis, logo que os investidores menos atentos percebam que a economia mundial é um doente em estado terminal. Estão a fazer exactamente o que Eles esperam. Lucram com os produtos financeiros que a maioria acha transacionaveis enquanto acumulam ouro e prata às toneladas sorrateiramente. Quando a maioria estiver encurralada numa intoxicação de produtos financeiros sem digestão possível vão implorar a Eles que salvem os bancos usando as reservas de metais preciosos, e aí eles vão dizer

CLARO! VAMOS A ISSO! MAS VAIS PAGAR… COM MAIS DÍVIDA.

Resumindo: abstracções monetárias sem valor --> dívida incobrável --> ouro e prata voltam a ser a única verdadeira moeda de troca com valor --> balança do poder pende para quem detém metais preciosos

É por isso que as estatísticas governamentais neste momento são as mais falsas de sempre e os meios de comunicação social estão aliados ao poder político numa campanha de desinformação, como exemplifica claramente este artigo em destaque num jornal económico proeminente, isto depois do maior crash nas bolsas desde Agosto de 2010, ocorrido ontem.

Ganhar tempo --> armazenar ouro e prata --> garantir poder numa nova ordem económica

Quem são Eles?

Quem tiver mais ouro e prata. A luta está renhida entre China, Índia, Alemanha (surpresa surpresa), e … FMI.

Eles todos sabem o que se segue. E com a colaboração dos media empatam-nos com distrações inúteis.

Mas a história não se repete exatamente, apenas rima. Como prova esta comparação com a grande depressão de 1930-1941. Os mesmos erros. As mesmas tretas.

Algumas diferenças no entanto podem deitar por terra os planos deles para manterem o status quo:

- a revolta da população – depois da Primavera Árabe o Verão Europeu - estamos um passo da revolta em massa logo depois de se darem conta do drama económico.

- Com o desmoronar do paradigma é possível que a promiscuidade entre os media e Eles fique comprometida e comecem vir a lume cada vez mais segredos que contribuam para o escalar da revolta da população.

- As transformações naturais que vão colocar em causa a credibilidade e a sustentabilidade das suas posições. O desgaste causado pelo desmoronar da ilusão + os segredos revelados + as catástrofes naturais vão estragar o esquema concerteza.

- a Internet e mais fontes de informação, mais difíceis de controlar.

- A Grande Depressão dos anos 30 terminou com com A II Guerra Mundial. O lucro da reconstrução do pós-guerra e a mobilização de recursos necessária foi o trampolim de saída da Grande Depressão. Voltará a repetir-se? É provável que surjam alguns conflitos para distrair do verdadeiro problema, ou para galvanizar nações à beira da desintegração social e económica e estimular a indústria.

O meu palpite é que com o avolumar das convulsões sociais, desintegração económica e social e epidemia de dívida incobrável se Eles sacarem a carta da guerra do baralho é provável que resulte em bluff ou ricochete e apenas poderá precipitar o desmoronar do aparelho.

Para além disso se as crenças na ilusão do crescimento infinito forem abaladas isso significará que para sobreviver a população terá de se virar para a auto-sustentabilidade, economia local e eventualmente um sistema económico baseado na troca direta, mas (esperemos) um pouco mais sofisticado.

Se assim for será também rejeitado o pressuposto que possa sustentar o perpetuar da escravatura moderna: a dívida.

Porque
O Ouro é o dinheiro dos Monarcas…

A Prata é o dinheiro dos cavalheiros…

A Permuta é o dinheiro dos camponeses…

A Dívida é o dinheiro dos escravos…

O problema do Dinheiro não é se usamos o padrão do Ouro, Prata ou Moeda Fiduciária. O problema sempre foi quem o controla: se for Ouro ou Prata, quem a tem e onde está. Se for Moeda Fiduciária quem controla a expansão da base monetária, o estado (parlamento) ou os Bancos Centrais que defendem os interesses dos bancos. Se for o padrão do Ouro ou Prata, de quem dependemos para nos fornecer o Ouro e a Prata, e se são de confiança.
Não há escravatura para quem só depender de si próprio ou da sua comunidade.
2.º Palpite: quando Eles forem buscar as preciosas barrinhas de Ouro e Prata que estão nos bunkers dos bancos centrais vão descobrir que muitas delas não passam de barrinhas de tungsténio... já começam a emergir algumas notícias nesse sentido.
Ou talvez, só talvez, andem a comprar e a vender metais preciosos dos quais não têm stock. A maior parte das transações são de alta frequência, e meramente especulativas.
Se calhar os bancos não são demasiado grandes para falhar, mas simplesmente os políticos sejam demasiado estúpidos para parar.
O departamento das más notícias reporta que:
  • Engenheiros Nucleares pedem à IAEA para criar o nível 8 de gravidade para o "acidente" em Fukushima, visto que a escala vai só até 7;

RESPIRA!

Porque não podemos ser Islandeses?




Circunstâncias geográficas, história, cultura, soberania.

Tudo é diferente.

Algumas vozes erguem-se pela Europa fora citando o exemplo Islandês como o exemplo a seguir.

É perfeitamente compreensível que na ausência de alternativas e esperança nós encaremos “histórias de sucesso” como exemplos a seguir.

No entanto a importação do modelo Islandês para qualquer país do Sul da Europa só pode ser considerada “possível” por um profundo desconhecimento do funcionamento das leis da economia e já agora, da Física também.

Porque é que a solução islandesa resultou? E já agora o que é a solução Islandesa?

Um pouco de história.

A Islândia é um país com uma grande tradição de auto-suficiência, com alguns conflitos com nações com as quais poderia ter sido deglutida mas conseguiu sempre manter a sua independência.


A reserva fraccionária era usada num formato de banco comunitário, com juros baixos e empréstimos acessíveis à maioria dos cidadãos. Os bancos eram pois extremamente conservadores para os padrões atuais.

A proteção social é elevada e continuou a ser apesar crise recente.

Mas como é que saíram da crise recente? Se ficaram ainda num pantanal maior que o nosso pela lógica deveriam estar submersos em dívida não é?

Errado.

Olhemos para a balança comercial da Islândia. Muito positiva. É um país essencialmente exportador.

Agora acrescentemos a independência energética fruto da abundância de energías renováveis, a total autonomia do sector alimentar (é um país exportador essencialmente) fruto de uma política de auto-suficiência e …

A dívida gerada pela trapalhada dos bancos islandeses não tem de ser paga pelos contribuintes. É antes paga pela balança comercial!

Como?

Simples.

A Islândia pode aumentar a base monetária mais do que qualquer país que seja predominantemente importador. Pode imprimir todo o dinheiro na sua própria moeda porque os importadores têm de comprar moeda Islandesa para importarem os seus produtos e por isso o risco de Hiper-inflação é muito menor.

Desta forma abate a dívida desvalorizando a moeda. Imprime mais dinheiro essencialmente.

E pode fazê-lo porque tem independência monetária.

Ora nem nós nem a Espanha, Irlanda, Grécia ou Itália nem a União Europeia no seu todo tem uma balança comercial positiva (importamos mais) regularmente, e muito menos é auto-suficente energética ou a nível alimentar.

Exportamos muitos telemóveis, carros e trazemos muitos turistas contudo.

Por isso Portugal não tem:

  • Independência Monetária;
  • Balança comercial positiva;
  • Auto-suficiência;

É por isso também que o Banco Central Europeu assumiu, à semelhança da Reserva Federal Americana, os ativos tóxicos dos bancos, e expandiu assustadoramente a base monetária, comprando dívida dos estados.

Mas isto só resulta quando a balança comercial é muito positiva, o crescimento é elevado e o desemprego baixo.

O paradigma do crescimento infinito colide novamente com a realidade dos recursos finitos.

Nenhuma destas premissas se verifica atualmente, o que significa que todos esses triliões de euros que foram falsificados com dívida que nunca poderá ser paga que estão na maior parte em reserva nos bancos, não valerão quase nada porque teremos de pagar muito mais pelas nossas importações devido à desvalorização do Euro ou Dólar, fenómeno conhecido como hiper-inflação.

Acho que só mesmo a Islândia pode ser a Islândia.